E janeiro foi...

Olá gente, como estão?

Janeiro passou voando pra mim, quando eu percebi já chegávamos em fevereiro. Bemmmmm diferente do período que estamos em tratamento. Os meus nove meses de tratamento pareceram nove anos. Foram longos, com semanas demoradas, principalmente nos dias de efeito colateral da quimio.

Estive bem ocupada no trabalho também, o que fez o tempo passar bem rápido. As aulas de inglês e de pilates voltaram de recesso, além de estar separando um tempo para treinos de corrida, pelo menos duas vezes por semana. Tenho ficado muito feliz com meu progresso na corrida! Tenho uma pequena meta, quando alcançá-la venho contar pra vcs.

Momento descanso

Há quase dois meses cortei os cabelos, acho que até comentei em algum post, mas ando meio avessa às fotografias kkkk E não tenho nenhuma foto que mostre o novo look.

No meio de janeiro fiz o PET-CT, e a pior parte de fazer o exame pra mim é ter que ficar em jejum. Fico num mau humor arretado. Encaro agulha, demora, tudo numa boa, mas fome eu não tolero, rs. Meu namorado disse que essa tirinha é minha cara:

E dessa vez fiquei enjoada uns 2 dias por causa do contraste, uma sensação horrível no estômago. Esse era meu sexto exame com contraste e eu nunca tinha sentido nada depois, só no momento da aplicação que sentimos o corpo esquentar e um gostinho ruim na garganta, mas dessa vez foi diferente. O troço reagiu no meu estômago por dois dias, parecia que eu tinha feito quimio.

O exame ficou pronto há quase duas semanas, mas como minha consulta só estava marcada para amanhã, resolvi buscar só quando passasse perto da clinica para resolver outra coisa. Acabei buscando só sexta feira (31.01) e abri o exame na clinica mesmo . Não gostei do que li, pois além de ter aumentado a captação dos linfonodos que já apareciam no exame anterior, apareceram mais dois linfonodos com captação na região ilíaca.

Respirei fundo,uma lagrimazinha surgiu no canto do olho e eu a espantei. Conhecendo a linha de raciocínio da minha medica, é 99% esperado que faremos nova biópsia. Dessa vez minha reação com o resultado foi mais tranquila, acho que vamos aprendendo. Ansiedade não vai  me ajudar agora, então é melhor continuar tocando a vida e fazer os procedimentos necessários. Estou conseguindo levar as coisas racionalmente nesse primeiro momento, espero continuar assim.

Em agosto, quando meu PET não estava bom e precisei fazer a biópsia, entrei em desespero. Já tinha certeza que meu próximo passo era fazer o transplante de medula autólogo. Conheço as histórias das pessoas que passaram por ele e sei que é muito mais agressivo do que o tratamento ABVD que fiz. Pensava no cabelo caindo, na infertilidade, na mucosite, pensava em TUDO. Chorei um final de semana inteiro, foi pior do que receber o diagnóstico. E no final minha biópsia deu negativa e nada do que sofri com antecedência aconteceu.

Dessa vez, vamos com calma. Esperar que cada etapa seja feita no seu devido tempo. Sem choro antes da hora. Há a possibilidade de termos uma biópsia negativa de novo, e isso será maravilhoso, perfeito, fantástico. Mas se não for negativa, há tratamentos disponíveis e mesmo que seja necessário transplante, ele é uma alternativa e não um castigo. Será imensamente difícil, mas os blogs estão cheios de exemplos de pessoas que tiveram sucesso com o procedimento. Tem até a Gigi, sempre uma querida, lá em Portugal, que completou recentemente 5 anos de transplante e foi considerada curada.

Então, vamos chorar na hora certa, rs. Amanhã venho contar rapidamente as novidades da consulta.

bjos